Spawn #176 – Resenha

Título: O Monstro na Bolha – Parte Um
Roteiro: David Hine
Desenhos: Brian Haberlin e Geirrod Van Dyke
Data nos EUA: Março/2008
Data no Brasil: Setembro/2008

Sinopse: Um serial killer está matando pessoas na cidade, mas a polícia não tem pistas sobre o assassino. Entra em cena Marc Simmons, um perito do FBI em traçar perfis, chamado para solucionar o caso. Nas sombras, Spawn e Nyx também tentam desvendar quem é o assassino.

Positivo/Negativo: Depois de muita espera, apreensão e medo, a Pixel Media publicou Spawn #176, que atrasou devido à renovação de contrato e também sobre as grandes mudanças editoriais, sendo que talvez a maior delas seja a da compra total da Pixel pela Ediouro, editora carioca que era parceira da Futuro Comunicações, mas com a saída desta, a Ediouro assumiu totalmente o controle das revistas. Poucos devem ter notado, mas na página de expediente da revista notem que no Comitê Executivo não consta mais o nome de André Forastieri, que representava a parte da Futuro Comunicações na Pixel. Também não consta mais o endereço da Futuro, que se localiza em São Paulo; só aparece o da Ediouro, do Rio de Janeiro. Não só Spawn, mas todas as revistas deste mês já aparecem com o novo expediente.

A história agora, voltada novamente para o presente, mostra uma história que olhando de certo ponto de vista lembra as antigas aventuras de Spawn que envolvia o sobrenatural. Depois de contar a história de um antepassado de Al Simmons, David Hine conta uma típica história policial com toques de oculto, só que ao invés de trazer Sam e Twitch ele traz Marc Simmons, irmão mais velho de Al, que nos foi mostrado nas edições anteriores (e também na minha matéria publicada em Spawn #173). Claramente a intenção de David Hine é focar a história na família de Al, e isto ficará mais explícito nas próximas edições quando será contada a história do War Spawn.

Até o momento a história “O Monstro na Bolha” não tem um grande mistério, mas o que chama atenção em primeiro lugar é a quantidade gigantesca de referências. A mais clara são as de mangás, já que o serial killer mata mangakás (artistas de manga), e em determinado momento Marc investiga o apartamento de um deles. Ao adentrar, vemos referências à Naruto (um dos maiores fenômenos dos animês e mangás da atualidade), Akira (considerado o maior cult dos animês de todos os tempos) e um boneco que lembra um pouco os do animê Gundam.
Não é de hoje que o Japão é considerado um dos maiores produtores e exportadores de quadrinhos do mundo, onde invariavelmente suas revistas vão parar na TV. Mangás como Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon, Shurato, Dragon Ball, só para citar alguns, repetem e até ultrapassam o sucesso quando são transportados para os desenhos animados. Nos EUA, assim como no Brasil, muitos animês fazem bastante sucesso, e atualmente um deles é Naruto, que virou febre mundial e continua sendo publicado no Japão, além de estar produzindo novos episódios para a TV.

Outra referência, só que voltada para a tecnologia, é quando Marc utiliza um palmop para fazer uma busca na Internet. Nada de mais, se a marca do palmtop não fosse da Dell, um dos maiores fabricantes de computadores pessoais e servidores de rede do mundo, e o Google, uma das maiores ferramentas disponíveis na Internet, onde não se limita apenas ao site de busca, mas inclui ferramentas para tradução, mapas, edição de texto, etc, além de contar com os sucessos Orkut e YouTube. Dá até para pensar se McFarlane não recebeu um “jabá” para que estas duas marcas aparecessem na revista...

Em relação à arte, o artista Gerroid Van Dyke, desconhecido do grande público, continua com o seu tipo de arte pintada que nos foi apresentado na edição 174. Apesar de contar com a ajuda de Brian Harbelin, artista regular da revista, suas caracterizações e pintura são excelentes, principalmente ao tal “monstro”, que ficou bem assustador. Spawn também não fica atrás, onde cada vez menos sua aparência lembra o humano que um dia ele foi.

A única bola fora encontrada na revista foi sobre a próxima edição, que mostra a mesma capa utilizada na edição 176. Ficou estranho ler o que vai acontecer na edição 177 com a capa da edição atual. Se foi falta dos arquivos originais acho que não haveria desculpa, já que no próprio site oficial há as capas das revistas e poderia muito bem utilizá-las.

Fechando a resenha, esta edição não veio com a tradicional seção de cartas “Post Mortem” pois no lugar foi publicada a primeira parte da matéria “A Mitologia do Hellspawn”. Esta matéria, que terá cinco partes ao todo, já foi publicada aqui mesmo no Spawn Alley (o link se encontra ao lado), mas sugeri ao Cassius publicar na revista em forma mais condensada para aproveitar o momento em que David Hine está mostrando a vida de outros hellspawn. Nesta série de matérias mostrarei a história de vários destes seres, alguns bem conhecidos dos fãs (como o Spawn Medieval) e outros nem tanto (como o Spawn Zumbi). Até o momento muitos elogiaram a matéria e espero que todos tenham gostado e estejam aguardando a segunda parte. Agradeço ao Cassius pela oportunidade de ter meu material publicado.

Comentários